Homenagem ao Dia Nacional da Poesia pela Academia de Letras de Palhoça

17/03/2016 11:15

Reverenciando ainda a nossa reunião da ALP em 17-03-2016, homenagens literárias dos acadêmicos Neusa Coelho, Vandelli e Vera De Barcellos pelo grande Dia Nacional da Poesia em p.p. 14-03-2016.. Apresentamos também o acadêmico Alcioney dos Santos entregando ao Presidente Antonio Bielli, a Comenda Apolônia Gastaldi, homenageada pela Academia de Letras do Brasil/SC - Ibirama, em fevereiro de 2016 na cidade de Ibirama.

 

 

 

 

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Homenagem ao Dia Nacional da Poesia- Academia de Letras de Palhoça- 17-03-2016

 

    

  

   

Reunião da Academia de Letras de Palhoça, onde também comemoramos o Dia Nacional da Poesia datado em 14-03. Apresentaram o seu trabalho literário, Neuza Coelho, Vera De Barcellos e Vandelli. Um poema de Cruz e Souza, o nosso maior dos poeta simbolista de todos os tempos, e sua poesia " O Poeta vos pede pouco" Cruz e Souza.

O Poeta vos pede pouco,

Muito pouco
Atirai em leilão os livros que
Elle traz, arrematai-os todos,
Ponde em Kermesse os vossos
Corações, enchei aquellas
Mãos calosas e dignas,dos
Mais symphaticos e sonoros
Níkeis e tudo será feito.
Deixai um momento o 
Sarcasmo, a satyra, eo
Egoísmo;lembrai-vos que a
Humanidade está sujeita às
Mesmas leis eternas e
Imutáveis.
Amanhã, talvez, os caminhos
Do vosso bem estar,
Tilintantes de alegria,
Inundados de sol,relampagueados de júbilos,
Estejão tristes bem tristes...
D’uma tristesa funda e
Pungitiva.
Deveis pezar os clarões da
Vossa felicidade, pelas
Sombras das mágoas alheias.
O poeta vos pede pouco,
Muito pouco

Cruz e Sousa

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Homenagem ao Dia Nacional da Poesia 14-03 e Dia Internacional da Poesia 21-03

 

  

 

Homenagem ao dia Nacional da Poesia , poema da Vera De Barcellos e pinturas do artista Plástico Alexandre Vieira, exposição realizada no Shopping Continental- São José- SC, datado de 13-03-2016

Sei Poeta...

Sei poeta que hoje é o teu dia,
ou serão todos os dias da tua vida
o dia de tuas descobertas ou 
as descobertas de outras almas... 
Tua inspiração como um bisturi médico
dilacera vísceras para curar o mal
ou quem sabe as mãos de um pedreiro
que soma pedra sobre pedra para formar
uma grande parede indivisível, quem sabe!

Pingos pingados de uma saudade
conta as contas dos rosários das ave-marias,
ou o pai nosso de cada dia 
do pão de aluguel que na mesa fornece,
ou o feijão de um bago só
no tempero da água com sal 
fervendo na panela a dias!

Ah poeta! Quantas viagens nos teus mundos,
já se conta mais de centenas talvez!
Somos como o vento que apazigua os temporais 
ou as fagulhas que aumenta o fogo nos vendavais?

Ah! Poeta deixe nas linhas de tuas diretrizes
o consolo que aumenta de dia 
e atemoriza nas noites os teus sonhos despertos da intuição. 
Canta poeta os teus sentimentos mais íntimos 
da pureza que tua alma de criança crescida 
deixa transparecer as luzes que sempre foram
o néctar do mais puro mel !

Ah! poeta dedilha tua oração matinal 
rezando baixinho a outros poetas
que seguem pelo mesmo caminho em direção ao sol !

Chame poeta, teus companheiros da lida,
deixe-os dedilhar nas linhas das tuas descobertas
teus sonhos ínfimos de contornos soletrados de mistérios, 
orlando jardins a descobertos !

Sim poeta, hoje é teu dia, 
tua liberdade começa quando a do outro poeta termina.
Sim quando termina... 
Se num mesmo festival de cantorias
os poetas poderão um dia terminar suas poesias!
Pois as poesias, poeta dos meus encantos,
resistem ao tempo e ao espaço
elas são infinitamente belas e imortais...

Vera De Barcellos